As quotas.
Tem alguma lógica que 51% da população esteja politicamente subrepresentada de um modo sistemático? E não será obrigação do poder político encarar o problema de frente?
Eu acho que sim.
pedalar, pedalar, pedalar.
Tem alguma lógica que 51% da população esteja politicamente subrepresentada de um modo sistemático? E não será obrigação do poder político encarar o problema de frente?
Eu acho que sim.
Posted by tiago m at 00:29
19 comentários:
Pois... mas que se há-de fazer quando o poder político prefere encarar os problemas de costas?
Sim, sim. Pela frente por trás de costas...
Tiago
Tens toda a razão, mas penso que as mulheres poderiam tb dar uma ajuda e aparecer mais.
Repara que numa determinada secção de um determinado partido, nas últimas 100 inscrições só 46 são mulheres! Mas nas últimas 200 inscrições são 96...
Isto é, nos últimos anos têm se inscrito menos mulheres do que há uns 20 anos atrás.
E o PS é um partido que promove a paridade nas listas, especialmente nas listas internas que tenho elaborado.
Aparecer mais ainda????!!! Vejamos todas asesferas da actividade social!!!! Vejam as estatísticas! Provavelmente a inteligência de algumas do género feminino não deixa opção para se meterem em tretas, em clubes de merdunça e de reprodução da estupidificação... que são os paridos políticos que temos na actualidade. Com tanta coisa interessante para fazer no pouco tempo que temos no dia-a-dia, temos mais que fazer que gastar saliva perante gente de tão baixo nível que, por ter pénis à nascença e umas hormonas configurantes, parece ter a vida mais facilitada quando encarreira para a esquerda ou direita. Falo de alguns, claro! E desprezo esses alguns! Ah bendita razoabilidade das que se mantêm por outras opções! Ah bendita coragem daqelas que encarreiram paa fazer a diferença... às que encarreiram só por carreira, o meu desprezo igualmente!
por uma questão de principio teórico, sou pouco virado para quotas (excepto na questão da inserção e emprego de pessoas com deficiência), já que a meritocracia pouco a isso se compadece, mas reconheço ser esta a unica forma de injectar, a montante, alguma justiça e dignidade ao sistema. a culpa é, por razões históricas, mais masculina, mas a cada dia que passa, diminui a justificação feminina de não intervenção.
helena roseta ou elisa ferreira ou mesmo ana gomes, são exemplos de referência e excelência.
sg, o oportunismo, a estupidez ou a inteligência, não têm género.
VIVA O MIC que não pecisa de quotas para trazer de novo mulheres e jovens para a política!!!
Ora aqui fica «uma voz (feminina...) de bom senso, a de Graça Guedes, professora catedrática aposentada da Universidade do Porto, em declarações ao Público: "As mulheres não devem aparecer por serem mulheres, mas pelo seu valor." As quotas são um insulto para todas as mulheres que não necessitaram dos favores da lei para se afirmarem na profissão ou na vida pública.»
cara sg
realmente como os partidos nao passam de clubes de merdunça e de reprodução da estupidificação... nao vale a pena estar neles...
mas nao e todo o portugal que e assim??? os clubes de futebol, os tribunais como os seus juizes e advogados, os estabelecimentos de saude, as universidades - ve so quantos jovens têm de imigrar para trabalhar em labs realmente interesantes...
realmente nao vale a pena a aparecer!
e ainda por cima para conviver com ser repugnantes "pénis à nascença e umas hormonas configurantes"... tsts tsts... ah alguns claro, alguns nao sao repugnantes... mas os outros todos sao. optimo. claro que eu espero estar no lado dos repugnantes.
Xau xau
As mulheres são todas iguais.
Quando chegam a estes dias dá-lhes, mas depois de alguns dias voltam ao normal: Superficiais; Acomodadas e... Loiras!
Não se pode barafustar e dizer que é só para alguns e algumas... que continuo a afirmar que deprezo... que o pessoal só lê e só sente o que quer! muito bem... que assim seja! Quem não gostaria de ter só gente pensante e decente nesses ditos "clubes"? Independentemente do género. E, principalmente, independente(mente) no pensamento, na atitude e na acção!
Já agora... é só para acrescentar que fui a única mulher dirigente associativa da história recente numa instituição universitária privada onde a esmagadora maioria dos estudantes é mulher. Dá-me imenso gozo pensar, planear e agir; tomar posição; definir estratégias, etc... PARTICIPAR. Mas as opções da vida nem sempre passam por aí. Ser cidadã, simplesmente cidadã, atenta e participativa na minha rede de relações, já me basta! Quem sabe um dia não experimento um desses clubes, pela curiosidade de estar do "lado de lá", jamais por carreirismo!
caro manuel garcia,
eu até percebo que as mulheres que conseguiram chegar lá não sejam muito favoráveis às quotas; mas eu volto às premissas iniciais: se há uma tão baixa percentagem de mulheres na política, não será uma obrigação da sociedade tentar resolver/atenuar o problema? e as quotas são a única maneira que até hoje foi proposta que consegue atacar a raíz do problema. haverá outra? ou tu consideras que esta desproporção não é grave?
Coelho, ficha de inscrição para a SG, já! ela era uma grande aquisição para o teu tasco!
Tiago, não sei se era muito boa ideia! Eu tenho mau feitio! Quanto às quotas, acho quase insultuoso. Tal como achei absurda a ideia de um prof do ICBAS-UP de criar quotas para homens em Medicina. Levada ao extremo teríamos quotas para as minorias (já que as mulheres não têm esse estatuto). Há algo de interessante, numa pespectiva sociológica, que distingue interesses e envolvimentos na socialização do género. Tenho uma sala cheia de alunos (quase todas alunas, giras e tal). Há uma minoria de bons alunos(as). Os rapazes ou são uns baldas ou são muito participativos e incisivos. Têm maior atenção ao que passa no país, lêm (poucos) jornais, etc. Fazem análises críticas de forma mais determinada.
As raparigas são mais de "retaguarada". Tenho-as provocado imenso. Não se mobilizam. A diferença existe meso quando querem organizar fesas, viagens ou os caros do cortejo. Os líderes não são elas. É estranho que sociologicamente a reprodução do instituido para o género não tenha vacilado com a invasão do mulherio às universidades. E não é só por cá!
Proponho quotas para hemofilicos, sportinguistas,utentes da linha sete, cidadaos com menos de 1,60, palhaços pobres do circo mariani, pescadores da nazaré, burros selvagens da serra da estrela, duas amigas minhas da Géminus, o lince da serra da malcata, ex membros do PRD, os alemaes do talasnal, practicantes de btt, madeirenses, donos de um fiat 127 que participou no assalto do avô metralha e o resto das gajas.
Sinceramente estou farto de só ver gajas feias na politica, a helena roseta, a natalia correia, a directora do independente, a timorense do psd, a deputada socialista por aveiro, a ana gomes, a manuela moura guedes, o carlos castro, a ex porteira do fragil.
Quero uma quota só pra soraya chaves...imaginem a boazuda a dizer ao louça em pleno parlamento..."o sr padre deseja mais alguma coisa?" dass era o delirio no terceiro anel.
Vocês têm razao devemos tratar as gajas abaixo de cao, achar que gravidez é doença, chamar sexo fraco, puxar a cadeira, abrir a porta, e promover tudo quanto é incompetente só porque é gaja.
Vou mais longe: Uma gaja que tenha o azar de ter menos de um metro e sessenta, tenha verruga com pelos, adepta do sporting, amante da natureza em especial de burros e linces, cujo unico sexo tenha sido com um alemao mal lavado do talasnal, assistente social dos palhaços do circo mariani, condutora de um 127 e que só faça praia na nazaré de inverno pra poupar na depilaçao, deve ser logo presidente da republica, assim apoiamos as quotas e nao temos que aturar o cavaco.
sg
confesso que o meu sonho sempre foi mulheres como tu. aliás sabes apesar de homem, eu sou muito diferente. muito mesmo. nao, nao penses que gosto de ver filmes de cow boy. nao. nao. nem de montanhas. o que gosto memso enfim sabes e de sabes duas mulhesres.
As quotas, as quotas... não me parece que seja solução. É qualquer coisa, mas não resolve. As mulheres, no geral, não estão em minoria, por isso não deviam ser tratadas como tal. Concordo que não haja mais mulheres na política, por falta de interesse em fazê-lo. E porque a ideia de valorizar uma mulher que tenha uma carreira política ainda é dificil de engolir, para muitos homens e mesmo para muitas mulheres. Já ouvi muitas críticas ferozes a algumas ilustres senhoras da política, vindas de mulheres!!! Ainda há muito que fazer em termos de mentalidade. Há por aí muita gaja com vontade de fazer a diferença, mas parece que estão todas à espera do momento certo: de que não lhes chamem matrafonas, "amigas" dos dirigentes, desertoras do lar, mandonas, pseudo-intelectuais, "armadas em homens".... e de que a política tenha realmente interesse por ser política, e não jogo-do-beija-mão-a-quem-interessa-e-enterra-quem-te-chateia.
Ora cá vai...
Que há cada vez mais mulheres nas universidades, nas empresas, no futefol... é verdade. Na política e em altos cargos já é mais difícil! É que para participar é preciso haver condições. As quotas não adiantam, pois não resolvem a questão das condições. Facto é que: as mulheres acumulam papéis sociais: mães, profissionais por conta de outrém, empregadas domésticas, amigas, encarregadas de educação... este acumular limita a dificuldade de tempo e os recursos não são infinitos. Não há tempo para tudo, não há dinheiro para contratar serviços de apoio à família TOP, empregadas domésticas durante muitas horas... Enfim... conciliar vida profissional e familiar é muito difícil para as mulheres portuguesas, pelo que mais difícil ainda é fazer com que elas participem em estruturas associativas, políticas e outras!
Solução: partilhar tarefas caseiras e familiares, aumentar os salários, implementar serviços de apoio á família de qualidadade.
este ultimo anonimo/a tem razao; eu só acho é que ia demorar muito tempo essa abordagem mais coerente; as quotas são a maneira mais fácil de obrigar os partidos políticos a ACTIVAMENTE recrutar mulheres; se tiver que haver mulheres, o esforço vai ser real, e claro que vão ter que ir buscar mulheres que sejam mais valias
eu sou a favor das quotas porque acho que deve haver mais mulheres na política e porque na pratica, em termos de como as estruturas funcionam a maneira mais eficaz de atingir esse objectivo o mais rapidamente possivel; é uma questão de pragmatismo, não tem anda a ver com teoria.
(imaginem a boazuda a dizer ao louça em pleno parlamento..."o sr padre deseja mais alguma coisa?" dass era o delirio no terceiro anel) LINDO; fiquei a rir-me durante mais de dez minutos, eh eh eh
Engraçado que os homens dominam todos as actividades, nomeadamente na politica. No entanto nunca ouvi a nenhum homem dizer que em determinada eleição vota naquele candidato por ser homem!
Lisboa Março de 2006. Partido Socialista. Quantas mulheres escolherão Leonor Coutinho, não por ser a melhor opção mas por ser mulher???
Só isso.
Por ser mulher.
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