6.4.06

Fichados, Controlados pelo Estado

O grande medo da ficção científica, paulatinamente, concretiza-se. Pequena notícia, no noticiário da manhã: Vai deixar de haver portagens, qualquer carro que use as auto-estradas vai ser fichado e o dinheiro colectado electronicamente.

Já actualmente a informação aí está, facilmente disponível, aos dedos de um qualquer juizeco: Onde levantámos dinheiro e quanto; em que lojas estivémos e a que horas; que estradas usámos; a quem telefonámos e quanto durou; cartões únicos com todos os números, desde BI, ao número de contribuinte, segurança social; etc, etc.

E ainda por cima, os mecanismos de protecção destes dados são inexistentes, desde o marketing até ao subalterno da PJ tudo mete as manápulas. Um gajo conhecido trabalhava numa empresa de telemóveis. Aparentemente é comum dizer aos amigos a quem telefonam outros amigos; ou então passar informações a pedido.

6 comentários:

Sofia Melo disse...

Parece que a malta andou por aí a ler fervorosamente o 1984, do Orwell... esta ideologia do Big Brother vai-se instalando aos poucos, qualquer dia nem precisamos de fazer um CV: com uma password, tira-se toda a info sobre um cidadão, desde a notas do liceu até ao último bar em que entrou e quantos limites de velocidade quebrou ao sair...
Tudo em prol, claro, da comodidade do povão. A protecção de dados confidenciais existe no papel... o problema são os interesses adjacentes ao poder que essas informações podem dar a quem as controla.

Anónimo disse...

Essa grande invenção de engenheiros portugueses que é a Via Verde não foi adoptada em países mais desenvolvidos (ex. a Finlândia esteve a considerar a adopção) precisamente por questões de privacidade dos cidadãos. A preocupação com o Big Brother já é preocupação há muito tempo noutros países. Aparentemente, por terras lusas, não há grande indignação, muito menos espalhafato.
Além da sobejamente falada questão de escutas telefónicas, facilmente conseguidas; nas empresas de telemóveis, nos queridos call centers que nos atendem ao 1212 ou 200 OUVEM as nossas conversas. Just for fun! (tenho alguns alunos, que confessaram) e conheço - eu (não foi ninguém que me disse) um rapaz que ouviu um professor a falar com um amigo que precisa de ajudano gabinete e, no dia seguinte, foi lá falar com ele e conseguiu o trabalho de arquitecto, em vez de trabalhar no call center.
Estamos no Big Brother.

S Guadalupe disse...

ainda tinham dúvida?

Anónimo disse...

Pois não temos dúvidas, mas parece que não há muita preocupação das pessoas em geral.
Como se: "eu não faço nada de mal, não tenho nada a esconder". Ora, eu não faço nada de mal e NINGUÉM tem nada a ver com isso,isso sim!

Anónimo disse...

Tiago vou estar com a nossa juizeca preferida e contar a tua opiniao.
Quanto ao resto só tem de temer o estado quem contra ele atenta.
Lei e ordem.
Fez a alemanha e a escandinavia e por muito que o apregoe nao fez o brasil.
Só por causa de uma amante? por amor de deus ainda se fosse por trafico de coca.
Olha, cá o teu amigo adora noticias sobre controle do circo, assim pagava menos impostos, tinha mais certezas sobre a existencia e partia de uma base segura para a sacanagem.
Dinheiro vivo como os ciganos querido amigo.
A uns pagas e a outros nao ficas a dever, e vais fazendo a tua vida.
De resto se pensas em andar à solta, a construir celulas dos amigos do bin laden e em bombas no metro o melhor é teres em linha de conta que as nossas câmaras estao de olho em ti, cabrao muçulmano.

tiago m disse...

diz à nossa juizeca preferida que tenha cuidado; se a ficção científica previu estes estados controladores, tb previu grandes heróis libertadores que se revoltam contra os grilhões dos burocratas abafantes; e esses grande heróis cortam a direito, montes de sangue assegurado e massacres indistintos na libertação da individualidade humana, nos quais os juízes — palhaços do sistema — sao sempre os primeiros a comer.

acho essa teoria engraçada de que só teme quem deve; certo, o estado é sp bom e bondoso… estado a direito! gosto mais qd és anónimo, eh eh eh, pelo menos és menos linear

bjs à dita juíza