infidelidades e telemóveis
Dei-me conta que tenho acesso privilegiado às infidelidades dos outros. Curiosamente, os casos que registei durante o último ano, todos metiam telemóveis à mistura, invariavelmente. O telemóvel de um tinha colocado a descoberto a infidelidade do outro. Segundo dizem... por acidente!
Entretanto, andei a ver, e descobri toda uma indústria relacionada com isto. Já não há detectives privados à filme. São desnecessários! Há kits que os substituem!
9 comentários:
o telemóvel, esse revelador do pecado... mas olha que vão sendo muitos os casos de infidelidade criados, potenciados e descobertos pela internet... Será que o simplex prevê um tipo de serviço de investigação nesta área, com subscrição online?
o revelador do pecado... torna o pecado mais acessível, mais fácil de concretizar, mas muito mais facilmente denunciável. Não há bela sem senão!
Os casais, quando pedem ajuda, e quando há infidelidade, contam pormenores muito interessantes. Interessantes para nós percebermos melhor a situação e pode lidar com ela, e interessantes do ponto de vista do "cusco". "Eu fiz isto e depois ela fez aquilo, e depois o(a) outro(a), e tal e tal..." E invariavelmente lá vem a mensagem em branco ou as chamadas de um tal de "Manuel" que afinal não o é, enfim... coisas de um ingenuidade e infantilidade só vista!
Eu sei, também tenho essa sina de ter que ouvir profissionalmente essas confissões. as mensagens são o meio mais fácil de apanhar o pulador de cerca - quer as que se deixam no telemóvel, e que depois são apanhadas, quer as que se enviam por lapso para a última pessoa que as devia receber... depois, é só seguir o rasto da infidelidade. E pimba! divórcio, ou coisa que o valha. Por acaso nunca tinha pensado como o telemóvel pode ser uma fonte de rendimentos para os advogados...
este tema é fantástico. a quantidade de histórias que eu conheço, directamente, de gente que enviou mensagens para gente errada, que viram mensagens que não queriam
e a internet, com as suas possibilidades de messenger, encontros on line, blogues, etc, etc, etc fez explodir um novo mundo de conhecimentos, infidelidades e gente que pode dizer exactamente o que quer e ao que vai. mas é preciso cuidado, muito cuidado … para não ser descoberto!
hummmm... concluimos que é o "erro humano" que leva ao descuido e não a tecnologia! E o que é a infidelidade senão a arte de não ser descoberto? Ao mesmo tempo a dose de excitação deverá aumentar caso possas sê-lo. Lá saberás, Tiago...
E isso dos advogados (também) ganharem umas massas com os telemóveis.. acrescenta os terapeutas familiares e outros psis que têm funções reparadoras. Não de telemóveis! Também acrecenta as hipóteses de formação de novos casais, pensões de alimentos, mais casas para arrendar ou comprar, sofás, tv's e frigoríficos,... um mundo à espera que o telemóvel toque ou trema!
esqueci-me de referir uma observação que fiz dessas descobertas via telemovel/email/internet
fiquei convencido por várias vezes que havia um mecanismo psicológico escondido em que a pessoa descoberta parecia querer ser descoberta, como se dessa maneira expiasse a sua própria culpa!
estranho as mentes da espécie humana.
isso dava para uma daquelas teses impossíveis. Também acho que isso de andar às escondidas é só para alguns e só deve dar gozo até certo ponto. Depois... a denúnica da existência "comes on the most mysterious ways" e vem com um determinado propósito: comunicar algo ao que quer continuar a manter o status quo (a vingança tipicamente associada ao género feminino do "agora amanha-te" ou do "tens de decidir"). Vidas com duplos protagonistas são difíceis de manter, principalmente para quem tiver sempre o papel secundário.
pois, mas o problema é estabelecer o protagonismo e o papel secundário. Muitos casos confundem-se de tal maneira, que a descoberta (tecnologicamente ou nem por isso) surge inevitavelmente, só pelo decurso das coisas, sem que se consiga esconder mais nada. A piada é que no geral, as relações tendem a detiorar-se em tempos record, e as terceiras pessoas pouco falta para serem consideradas da família. Mas o "traído", mtas vezes sabendo de tudo, pretende manter-se como está, fazendo ou não pé de vento - comodismo? Talvez. Por muita evolução social que se vê por ai, a ideia é que as pessoas tem cada vez mais medo de ficar sozinhas. a maior parte dos divórcios não criam duas pessoas sozinhas: pelo menos uma delas já se garantiu (pelo menos hipoteticamente)...
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