humor encomendado vs humor não encomendado
Aconteceu no Jantar anual dos correspondentes na Casa Branca. Um hino à liberdade! Bush aparece com um sketch humorístico a si próprio utilizando um sósia. Interessante capacidade, mas muito estudada e encomendada. Ainda assim, tem piada, e o "boneco" dá a entender que o homem até pode ser algo inteligente se tivermos a capacidade humorística como um dos seus sintomas.
Mas... eis senão quando, o senhor perde o sorriso na cara durante uns largos 25 minutos. Estoicamente aguenta o sketch de Stephen Colbert! Esse sim, humorista! Corrosivo! Explosivo! Dispara contra a administração e os media...
Os media norte-americanos silenciaram a situação, durante três dias... até ser possível! Deu-lhe luz o Washington Post. Afinal, nos States, no auto-denominado reduto da liberdade que é a imprensa, há quem não goste de liberdade!
16 comentários:
Apesar de eu achar que 2 Bush eram uma desgraça para a humanidade, a ideia esteve gira. Uma parelha de palhaços iguais...realmente, "globally, and around the world, as well as internationally" está lindo.
Mas a piada, e o fair play, acabam quando são os outros a gozar connosco, né, Bushie?
ó Sónia, os media americanos silenciaram isso? Isso foi no jantar da imprensa americana e foi algo de preparado pelo Bush para ajudar na sua imagem! Quanto mais fosse publicitado melhor para o Bush e de certeza que ele quis isso o mais publicitado possível! Onde é que viste que tinha sido silenciado?
A parte que eu vi foi verdadeiramente hilariante. Muito, muito, muito bom grande texto, grande timing e já agora grande Bush, que independentemente dos motivos teve um enorme sentido de humor, capacidade de auto-crítica. Pontos para ele neste caso.
Eu não sei quanto tempo é possível manter silenciada a impressa que esteve no jantar anual dos correspondentes da Casa Branca...
E se o humor foi encomendado, veio junto com um bocado de 'estomago'.
O homem tem os defeitos que tem, mas tem também capacidade de rir de si próprio o que não é apanágio de todos, muito menos de políticos importantes ao nível global e ou sequer internacional!
O que é facto é que eram ambos convidados: o Bush e o Colbert. A discussão na blogosfera USA tem sido ampla. Não aprecio muito o humor à Oscares, muito mastigado e que te sempre que acabar numa gargalhada geral. Bush não correu riscos, agradou aos americanos (e ao Tiago que já está impregnado) e pelos vistos ganhou pontos. Cá p'ra mim só ganhou pontos por não ter saído a meio da intervenção do Colbert.
O que mais gostei foi de ver a plateia sem saber o que fazer... rir ou não rir, eis a questão. O embaraço foi geral. Alvos de provocação de um seu convidado, afinal.
E a imprensa não soube lidar bem com a situação, é isso que tem sido discutido.
A suprema liberdade e coragem do sr. Colbert colocou tudo em alvoroço.
Por cá discutiu-se algo curioso: o esbarrar do ofensivo por parte de Colbert em frente ao presidente. Impossível na Europa. Não sei mesmo se por Portugal não daria origem a um proceso crime!?
tive de mudar o link para o sketch do colbert. agora está melhor... já podem ver!!!
Já agora, eu não tenho visto televisão ultimamente... alguém viu isto nas notícias?
realmente são 25 inteligentes minutos de puro, acutilante e ousado entertenimento.
"in-your-face!!!", diga-se de passagem.
essa coisa de ele ter muitos defeitos, mas ser louvado porque ri de si próprio é de bradar aos céus!!!
tens toda a razão, sónia, quando não é ele a conduzir o gozo, a piada não é tanta e que eu saiba não foi ele que convidou o colbert...
com programas tipo spitting image ou contra-informação ou daily show, quem não se adaptou, teve de mudar de ramo...
pontos para o bush, neste caso tiago? ele limitou-se a ouvir e calar, sem saber onde por as mãos...
ou estas a confundir com o sketch do bush-sósia (o que eu acredito), ou (e não quero pensar nisso) tal como no caso das discussões em volta do fcp, no assunto América fazes uso de uns estreitos óculos de cabedal...
gosto dessa teoria… de cada vez que concordo com alguma coisa com os americanos é porque estou impregnado por eles. é um grande argumento, esse…
"de cada vez que concordo com alguma coisa com os americanos"
a questão não é essa, tiago. porque aqui ninguém está ou é contra "os americanos". quando muito contra alguns e certamente contra a administração bush, com quem, acredito que nem tu te identificas, certo?
o que parece é que cais sempre na tentação de achar que os europeus, de uma maneira geral e generalizada, não têm autoridade para criticar o sr. w bush e quando o fazem, ou o fazemos, a tua tendencia é a defesa intansigente da américa (mais papista que o papa), como se fosse um ideia inatingivel, imcompreensível e acriticável, pela "velha europa".
o colbert é americano e o jon stewart também e eu concordo com eles, vês?
Caro Miguel,
não disse uma única palavra sobre a Europa no meu comentário e no entanto tenho de levar com: "cais sempre na tentação de achar que os europeus, de uma maneira geral e generalizada, não têm autoridade para criticar o sr. w bush"
Como diriam os americanos, I rest my case.
Assim como outros países são de extremos noutros níveis mais básicos, os EUA demonstram o melhor e o pior das qualidades dos seus cidadãos em situações bem mais interessantes (do ponto de vista da análise). Este acontecimento é emblemático de muita coisa.
Mas mantenho que me parece impossível de acontecer num país europeu. Nem a primeira parte nem a segunda... Não sei se a Itália chegaria a este nível...
Ainda não percebi, Tiago, já viste o sketch do Colbert?
tiago
o que eu escrevi não se resume, obviamente, a apenas um comentário que tenhas feito. apenas assinalei uma curiosa, reconhecida, inegável e, dadas as circunstancias, até compreensível tendência...
mas não é nada de grave, pá.
caso restado e bons banhos.
a discussão fica sóooooooo por aqui???? Incrível! Ainda ninguém me disse se viu alguma referência a isto na TV, rádio ou imprensa portuguesa. Eu não vi, mas tenho andado distraída, concerteza!
Distraida ou com mais do que fazer, s guadalupe... Tranquila! Eu vi a coisa na televisão portuguesa, sim.
ambas as coisas. mas fico mais descansada
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