6.7.06

avante!

“chego à conclusão de que a derrota, para a qual nunca estamos preparados, de tanto não a desejarmos nem a admitirmos previamente, é afinal instrumento de renovação da vida. tanto quanto a vitória, estabelece o jogo dialético que constitui o próprio modo de estar no mundo. se uma sucessão de derrotas é arrasadora, também a sucessão constante de vitórias traz consigo o germe de apodrecimento das vontades, a languidez dos estados pós-voluptuosos, que inutiliza o indivíduo e a comunidade actuantes. perder implica remoção de detritos: começar de novo.” - carlos drummond de andrade.

3 comentários:

S Guadalupe disse...

Salvador Minuchin (das coisas da minha área) diz que "crise é simultaneamente ocasião e risco" mas implica sempre mudança. A mudança faz-se para o patamar que escolhermos ajudados pelo acaso. Derrotas e vitórias fazem parte de todos os percursos. Ambas valorizam, mas algumas sentem-se como injustas. Foi o caso.

E não gostei, uma vez mais, de ver a indiferença dos jogadores perante uns quantos apoiantes ao sairem do autocarro para o hotel. Poucos, muito poucos, acenaram. Luis Figo, claro está e Eusébio por fim... vitórias podem, de facto, apodrecer, mas também enobrecer. Esta última é só para alguns.

Sofia Melo disse...

Sábias, palavras, meus caros, sábias palavras.

Anónimo disse...

sábias são as palavras de F. J. Viegas http://jn.sapo.pt/2006/07/09/mundial_2006/sem_talento_ha_golostoponorte.html