2.8.06

O Roubo dos Bancos

A Sefin é uma recém-criada Associação Portuguesa dos Consumidores e Utilizadores de Produtos e Serviços Financeiros que refere que "os arredondamentos das taxas de juro aplicadas aos empréstimos concedidos pelos bancos em Portugal proporcionam ganhos suplementares anuais ao sector que podem oscilar entre 73 e 198 milhões de euros". (Notícia no Público).

Será verdade? E se for não se pode prender uns quantos pelo menos por uns meses? É que se isto não é roubo…

6 comentários:

miguel p disse...

é mesmo assim, como contam. imagina a diferença entre uma taxa de 3,5 ou de 3,45679, num empréstimo a 40 anos? é colossal.
em espanha já foi denunciada a pouca vergonha e os bancos tiveram de devolver milhoes de euros...

tiago m disse...

isto é verdadeiramente inacreditável

como se os bancos não conseguissem usar a taxa exacta para calcular até ao último cêntimo; ainda por cima arredondam sempre em favor deles?

73 a 198 milhões de euros por ano é uma absoluta barbaridade. só pode ser qualificado como roubo.

Sofia Melo disse...

Não é roubo. Eles não usam de violência. Enganam-nos com toda a nossa colaboração - e DUVIDO que o estado portugês faça alguma coisa. O lobby bancário manda muito mais que o governo....
E nós, pobres utilizadores do crédito, especialmente o de longa duração, que remédio temos senão ir gramando, e pagando, esta pouca vergonha...

Anónimo disse...

É de facto um roubo. Mas segundo percebi a coisa não funciona bem como pensas, Miguel. Os arredondamentos (sempre para cima) são feitos ou para o ¼ de ponto percentual para cima ou, para o ½ ponto percentual acima, ou seja: se uma taxa é de 4,097, passa a ser de 4,125 para a maioria dos bancos – ROUBO; e de 4,250 para outros: Milleniun e CGD – AINDA MAIS ROUBO.

Aliás, no actual contexto da sociedade portuguesa, endividamento das famílias, etc; a situação atinge foros de assalto – roubo violento!!!

Abraço,
João D.

tiago m disse...

estou completamente estupefacto com esta situação; aparentemente nos contratos está escrita esta situação. Mas isto não pode ir a tribunal e esta cláusula ser julgada improcedente? Isto é coacção, etc, etc.

Sofia Melo disse...

não é coação, ninguém é obrigado a assinar os contratos. e mesmo que se leiam estes contratos até ao fim, o que raramente acontece, entre refilar e não ter o crédito, e aceitar e poder comprar uma casa, por exemplo, como optar?? toda a gente aceita, não é? Podia-se falar eu usura, enriquecimento sem causa, ou responsabilidade na formação do contrato... mas o governo devia impor limites, e não o fará. digo eu...