atrocidades a la carte
E vão mais duas, em simultâneo, lá no mundo "deles". Não consigo conceber a vulgaridade com que enfrentamos quotidianamente estas e outras atrocidades que se cometem a toda a hora em nome da protecção do ocidente. São pessoas, pessoas como nós, que o deixam de ser porque sim...??!
Em Bagdad já usam o humor televisivo para ironizar a situação do país. Haja muito e bom humor negro!
4 comentários:
arrisco a dizer que nesses dois casos, me parece que nenhum deles é feito, directamente, em protecção do ocidente. no caso do paquistão é clara a estratégia de poder do presidente musharaff, que sabe que os seus principais adversários são os fundamentalistas. no caso do iraque, é já uma questão de guerra civil xiita-sunita, que esteve estes anos todos em banho-maria, devido ao único homem capaz de manter, na altura e hoje em dia, o iraque como uma realidade politica, geográfica e contínua como ainda é hoje: saddam hussein.
é óbvio, que tudo isto é consequência das intervenções da nato no afeganistão e da coligação bush no iraque.
tudo isto é uma metáfora á manta curta e ao realpolitik: o paquistão enquanto se entretem com os fundamentalistas não se abespinha com a india (o que é preferivel aos olhos ocidentais); o iraque em guerra civil promove a divisão entre muçulmanos (o que é conviniente ao ocidente); os talibans a reagruparem-se a a contra-atacarem no afeganistão relegitima a intervenção nato (o que é do interesse do ocidente).
e por aí fora, até chegar ao caso da turquia, que quanto maior for a instabilidade, menos hipoteses tem de entrar na comunidade europeia (o que neste caso me parece um erro, porque só teríamos a ganhar e seria um excelente ponto de partida para o combate ao fundamentalismo islamico, feito por quem tem de o fazer: os muçulmanos)
musharaff, guerra xiita-sunita, realpolitik... , se tivesses o cabelo comprido à beto e camisas da façonable, diria que eras o Nuno Rogeiro dos blogs. Depois de seres alcunhdo de saramago dos blogs, penso que esta alcunha também te assenta bem...
estava precisamente a pensar no (ou num dos) ponto de partida (na minha perspectiva - no passado recente) que despoletou esta cadeia de acontecimentos, mas poderá haver tantos pontos de partida quantos pontos de vista sobre o problema. Mas preocupam-me sobretudo as consequências nas populações, e estas são imprevisíveis e têm sido sangrentas.
pois, os tipos que levam com as bombas e que não têm culpa nenhuma, só mesmo do facto de estarem no sítio errado à hora errada, é uma tristeza
então,quando são criancinhas...
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