17.11.06

finalmente

depois de esperar longamente, a colocação dos especiais, ingleses e coloridos vidros na guarda metálica (valeu a pena), parece que està mesmo para breve a adiada inauguração da ponte ciclo-pedonal sobre o rio mondego, originalmente chamada de "pedro e inês". obra emblemática do pólis de coimbra.
a bicicleta aplaude e promete utilização, esperando ansiosamente agora, pela conclusão da fase junto a santa clara-a-velha, na margem esquerda, para que todo este percurso de aproximação e vivência junto ao rio faça sentido. e que a cidade possa meter outra mudança para o que falta.

4 comentários:

Anónimo disse...

Pois se a bicicleta aplaude, já eu não bato palmas pela quarta ponte sempre sobre o mesmo rio, que é de larguezas limitadas, podendo passar-se quase a pé sem se tocar na água (a quantidade de areia em cúmulo no leito foi há dias descrita num artigo de jornal local). Estamos numa cidade carente, não de emblemas, que os temos desde há séculos, e bem mais áureos, e que tão poucos de nós nos esforçamos por manter vivos, mas de grandes e de outras (infra)estruturas e salvaguardas. Não era urgente construir-se uma ponte de algures, e que leva quase a nenhures, numa conjuntura como a que vivemos em Coimbra, de cidade-quase-ruína, triste e escura (… das janelas da minha casa, altaneiras, sobrevoando a cidade, quase não vejo luzes… e tenho medo de ir à rua quando o sol desaparece, porque não vejo nada). E é numa cidade desaparecida que vejo acenderem-se mil e um vidrinhos luminescentes, sinalizando caminhos que não vão fazer-se senão nalgumas matinas domingueiras, de cá para lá, para passear na ponte nova… Vamos lá passear todos na ponte para ver descer o nível da sua estrada, cansada sob os nossos pés… Não bato as palmas à nova ponte, que acho feia e inútil, e que corta o curso do leito acanhado de um rio que se espraiava, há muitos anos atrás, por lindos meandros de um romantismo que se acabou.

miguel p disse...

carla
que a cidade precisa de muitas outras coisas, não nos cansamos de repetir por aqui...

que o fazer esta ponte, que simboliza o maior investimento público de valorização da qualidade urbana e da vida em coimbra desde sempre (o programa polis), não deve inviabilizar o que falta fazer é tão sentido que até é a forma como termina o post.

mas essa ideia recorrente de um certo romantismo e inocência perdidos associado a coimbra (ao basófias, às tricanas, aos estudantes e ao fado...), é na minha opinião (e eventualmente a sua tb.), um depressivo aspecto folclórico, imobilista e passadista, que foi sendo assumido por alguns como uma fatalidade crónica, como se fosse o unico traço de memória comum a todos os de coimbra. não o sinto, não o vivo e não o estimulo.
mas eu também não sou de coimbra.

a ponte ainda não liga dois pontos, ainda não é sequer opção de percurso, mas acredito que venha a ser.
e acho também, cara carla, que nunca haverão pontes a mais seja em que circunstância for...
apareça sempre

S Guadalupe disse...

Andaste em locais proibidos, malandro!

A ponte vai constituir-se como uma bela opção para caminhadas (domingueiras ou não) entre dois pontos aprazíveis (já se vislumbram as obras em santa clara). A cidade tem aqui um pólo de transformação por excelência. Volta-se para o rio! Finalmente!

A ponte é extremamente elegante. Desconfiava dos vidros e temi que as cores da cidade imperassem. Tal não aconteceu. E percebo agora o impacto que tem à noite.

Fico à espera de poder por lá passear.

Não gosto da atitude daquele que critica o que se faz com tudo o que não se faz. É óbvio que tanto há por fazer, mas que se faça algo, então!

tiago m disse...

pela foto parece k ficou bem. a possibilidade de um passeio k comece na alta e vá serpenteando ao longo da cidade até acabar no outro lado do rio é excelente. Coimbra e' uma cidade linda e pela foto, ganhou outro ponto de interesse. estou mto curioso em saber como está ao vivo.