confesso: fui à madeira.
desde sempre fui dizendo alto e a "bom-som", que não iria à madeira, enquanto por lá mandasse o alberto joão. tal como em todas as firmes determinações, basta uma pequeníssima transformação circunstancial para que de irredutíveis, passem a rapidamente a determinações de "pés-de-barro".
e assim aconteceu. se como destino de férias estava liminarmente posto de lado, como oportunidade de trabalho, revelou-se uma surpresa acolhedora e estimulante, prevendo até que nos próximos tempos tenha pouco espaço para fazer coisas para outros sítios. o que é obviamente positivo.
mas vamos ao que interessa. a imagem que esolhi para animar o post, é claramente uma provocação que não representando por si só a madeira, tem aspectos bastante característicos pela sua exaustiva presença em todos os aglomerados urbanos: as sedes locais do psd, o banif e a arquitectura de gosto duvidoso. mas a madeira é muitos mais que isto. e é um sitio fantástico, apesar de tudo.
é logo de início uma experiência muito densa, sobretudo na parte sul (sub-tropical), ultra-turística, ultra-infraestruturada, ultra-esburacada, ultra-povoada e ultra-desordenada. é como uma grande vilamoura/albufeira, junto ao mar, que se prolonga depois, encosta acima, num enorme e incaracterístico cacém.
repito que é um sítio fantástico. o sol e os bananais, a monumentalidade e a escala do relevo, a diversidade florística, a diversidade paisagística: dos prados de montanha, aos picos abruptos, às massas vegetais da floresta laurissilva, à costa norte e a seu mar e às fajãs. da poncha ao peixe espada, à coral e à brisa, passando pelos equipamentos novos que vão sendo construídos, com destaque para a casa das mudas, na calheta e outros em s.vicente, no funchal ou em câmara de lobos.
a infraestruturação da ilha para o seu óbvio desígnio turístico global (a ilha é um queijo suiço, pela quantidade de tuneis...), foi e será o grande trabalho de desenvolvimento feito nos últimos trinta anos e isso está a ser feito. e resulta.
aquela ideia recorrente de "independência para a madeira, já!" que nos passa pela cabeça quando ouvimos o alberto joão disparatar, curiosamente desvanesceu-se na minha cabeça. aquilo é, nos erros e nas virtudes dos homens, de tal forma portugal que me parece dificil emancipar-se. eu não quero.
a minha determinação caíu e dadas as circunstâncias, o regresso parece ser para breve...
ainda bem.
nota: nada disto, e para que fique claro, modifica a minha ideia de que o alberto joão é uma fonte inesgotável e intolerável de ridículo.
10 comentários:
reza duas avé maria's e segue caminho, de consciência tranquila e atenta.
Vens um bocadito alaranjado!
Miguel,
não me digas que também deste 13 euros para ver os jardins da Fundação Joe Berardo, ao lado da Ermida da Nossa Senhora do Monte ?
Caro Miguel,
é verdade que te viram na baixa funchalense de bermubas laranja, t-shirt laranja com o busto do Alberto João a preto ao centro ( iguais às do Che) e chapeu de palha adornado com uma fita do ppd em seu redor e, com uma garrafa de poncha que já ia a meio!!!
grande joão,
paguei três euros para ir ao botânico do funchal (sem teleférico) e do resto, apenas confirmo a garrafa de poncha a meio.
a quinta da vigia e os jardins do berardo (que devem ser bastante curiosos pela colecção de artefactos orientais do joe) ficam para a próxima.
Ahhh, então afinal foi falso alarme, ainda bem, é que eu fiquei preocupado, dado que ainda não é Carnaval, nem te estou a ver beber uma dúzia de garrafas de poncha seguidas de 10 grades de corais, para andares nesses preparos.
Por outro lado, é bonito ver a forma cúmplice e fraterna como tratas o senhor comendador-empresário-colecionador-mecenas-jardineiro-anunciante-actor principal de anuncios televisivos-militante do ppd, Joe Berardo, é sinal que te estás a enrraizar rapidamente e da melhor forma possível.
Já que estamos a falar de política, políticos comediantes, ppd, veio-me à memória que um conhecido nosso, que anda de bicicleta e têm fartos caracois, ofereceu a si próprio, neste Natal, esse best-seler literário que dá pelo nome de "Percepções e Realidade" escrito pelo inefável Pedro Santana Lopes, e o mais grave é que esse nosso amigo se encontra avidamente, deleitosamente e embrenhadamente a ler esse livro, dá mesmo que pensar e de perguntar, será que as moscas deram-lhe cabo da cabeça...
Pelo que leio, é fácil concluir, que fora o trabalho que lá arranjaste e a paisagem, o melhor da Madeira é mesmo o Emanuel Márcio... e a Coral... e a poncha! Bem essas t-shirts tipo Che, também devem ser interessantes.
Já foste aos Açores?
é isso mesmo.
açores será a seguir, talvez 2008...
Ola a todos ! ao ler o publicado, Agrada me que temos em Portugal Continental um MENOS IGNORANTE E UM MENOS IMFORMADO de uma das lindas ilhas de PORTUGAL (sao elogios!).
Sou Madeirense Sim Senhor, a Minha Patria PORTUGAL, Por ca nem todos comcordam do estilo do nosso Governante mas se a maioria vota quem somos nos para contrariar,uma democracia madeirense tudo assim aquele que vence Governa e depois analizamos as obras. Bom, como Miguel parece ser uma pessoa que nao se deixa manipular pelos lobbies dos media e da esquerda e alguns ressabiados que andam neste mundo, Sentiu que a MADEIRA nao perde com a INDEPENDENCIA,mas tambem nao ganha! ficaria na mesma.Ora vejamos isto! ONDE SE PENSOU QUE A "TERRA" Governada por ALBERTO JOAO JARDIM seria o local para o seu Futuro Emprego? (os ignorantes nem acreditam que a Madeira da Emprego as pessoas)Certamente o Miguel observou Varios Trabalhadores e empresas Estrangeras a opera na Madeira issso ja diz alguma coisa,Eu tambem ja fui a BRAGA,COIMBRA,ALENTEJO,LISBOA,BEJA,ALGARVE, mas Nao trocaria Madeira sempre,Pudera foi onde Nasci nao ? O Miguel veia a Madeira eu tambem vou Voltar ao CONTINENTE! entao, amigos assim ! Forza ai!
Para mim também foi uma surpresa agradável. Uma Ilha com duas caras, a sul e a norte. Até breve!
c. guimarães
GOSTAVAMOS DE VER AS FOTOGRAFIAS QUE TIROU NA MADEIRA AQUI NO BLOG...
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