à pedrada
Fernando Ruas, reagindo contra decisões de inspectores do ambiente, disse aos presidentes da junta que se encontravam na sessão camarária: "corram-nos à pedrada", reafirmando que estava "a medir bem as palavras". E depois vem desculpar-se com o momento e com o sentido metafórico, etc.
Estou farta que os políticos digam o que lhes vai na alma e depois venham com desculpas politicamente correctas. Não gosto nada nada (mesmo nada) do Jardim e de outros que tais, mas a obrigação permanente de ficar bem na fotografia irrita-me solenemente.
9 comentários:
então gostas do quê?
não digo que fossem todos como o jardim, mas um pouco de transparencia na personalidade dos políticos já vinha a calhar.... esta história do politicamente correcto engana a todos, e não traz benefício a ninguém (bem, traz a alguns, os que enganam...). abaixo a politica politicamente correcta.
é uma claro incitamento á desobediência civil e ao desrespeito pela função fiscalizadora e reguladora do estado, do qual esse senhor faz parte.
o mononeurónico skin, foi preso no outro dia por algo semelhante. o fernando ruas tem a agravante de ser presidente de câmara de uma cidade sede de distrito, candidata a área metropolitana e presidente da associação nacional dos municípios. indignou-se o senhor pela multa passada a uma junta de freguesia, no seguimento de uma inspecção feita sem aviso prévio.
já agora pedido de autorização ao sr. presidente, por escrito e com dois meses de antecedência.
vergonhoso.
!!!!! "corram-nos à pedrada?" incrível.
politicamente correcto não é não dizer coisas. Politicamente correcto é fazer um esforço grande para questões de descriminação que estão presentes na nossa história cultural e principalmente linguísticas sejam racionalizadas, trazidas à luz do dia e trabalhadas (é por exemplo não dizer na televisão: "Um olho no burro e outro no cigano")
Este caso (que concretamente não tem desculpa), revela um problema complicado, de tensão, sistemática entre o ambiente e os presidentes de câmaras. Que tem que ser resolvido, porque essa guerra permanente não interessa a ninguém.
Politicamente correcto o carago!!
A rectificação para o politicamente correcto foi apenas na expressão.
A questão de fundo é: o presidente da associação de municípios acha que os funcionários que fazem as auditorias ambientais deviam avisar o presidente da junta antes de lá ir.
Fernando Ruas sugeriu então que os autarcas "ponham fogo no rabo" aos auditores se eles não avisarem "com tempo para nós emendarmos o que já sabemos que está mal, mas não corrigirmos" (entre aspas está o que subentendo)
Os meus alunos todos os anos me perguntam o que vai sair nas frequências e, se possível, que lhes dê o tipo de perguntas e, já agora, as perguntas que vão sair... mas riem-se no fim
que o "políticamente correcto" seja uma tentativa de amenizar coisas, com bom senso e sem devaneios nem peixeiradas escusas, está bem. que este senhor agiu mal, porque afinal, uma auditoria tem que apresentar resultados reais, e não preparados e ensaiaidos de antemão, concordo. eu só tenho pena que os políticos usem do "politicamente correcto" para estarem sempre a ver se agradam a 2,3 ou 4 ou mais senhores. nós sabemos que os políticos vivem de interesses, mas exageros é que não...
Preferia que ele tivesse pedido desculpas pela lamentável expressão, admitisse que foi uma estupidez, e não que tivesse alegado o sentido figurado... ainda por cima, usou o "mata-mata" do scolari. É não admitir e tentar sair por cima e bem... As pessoas erram e são incorrectas por vezes. Acontece a todos! Ficar-lhes-ia tão bem admiti-lo de quando em vez!
ana... isto é tudo uma cambada de piratas, isso já nós sabemos
s guadalupe, estou inteiramente de acordo com a tua análise, e ainda por cima utilizas-te uma das minhas expressões favoritas que é "de quando em vez", bem haja por isso.
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