21.9.06

imoderado

Por mais que me esforce, não consigo entender a fundamentação do Ministro da Saúde para instituir co-pagamentos nos internamentos e nas cirurgias, a que ele chama taxas moderadoras. Estas «são um instrumento “moderador, racionalizador e regulador do acesso às prestações de saúde”». Aplica-se, então, este princípio moderador e racionalizador ao acesso ao internamento ou à intervenção cirurgica? São os utentes a decidir estes procedimentos?

Por outro lado, ouvi a Maria de Belém, que considero bastante inteligente, dizer que servirá para os utentes passarem a valorizar os custos inerentes a tais actos. Mas, mas... outro absurdo! Afinal quem é que paga o SNS? Caso os políticos tenham esquecido... são os impostos que sustentam o OGE, onde uma enorme fatia segue para o SNS. Somos nós que pagamos! Não se regista maior sobreconsumo que noutros países. Regista-se é pouca racionalização nos gastos, o "Elefante" está cada vez maior e precisa de muito alimento!

Já antes escrevi aqui sobre o assunto. Não percebo a lógica das taxas, não defendo a sua manutenção, muito menos o seu alargamento irrazoável.

Tinha esperança neste senhor ministro, que muitos textos escreveu, enquanto professor da Escola Nacional de Saúde Pública, e que li... Onde ficou a sua razoabilidade?

2 comentários:

Sofia Melo disse...

fiquei parva qdo um colega meu me disse q pagou uma taxa nas urgência de 7,50 € nas urgências. Tanto, por aquele serviço q é tantas vezes indecente?? bolas, com um seguro de saúde paga-se 9 € num médico especialista privado , em clínicas 24 horas.... e o seguro não é assim tão caro.
A ideia é mesmo essa....

S Guadalupe disse...

é, vão actualizando e estendendo taxas disto e daquilo, que, obviamente, nunca cobrem os riscos e os custos de um acto mais complicado, mas já é suposto estar conberto por um seguro que fazes: quando pagamos impostos. Chama-se a isso uma forma de seguro não consignado à saúde.