14.11.06

disco riscado

O consumo privado em Portugal abrandou. É motivo de enorme preocupação e dá azo a notícias como esta. O disco está ris-ca-do!

O consumo privado em Portugal, aumenta... e lá vem a conversa do sobreendividamento e da escassez da poupança! O disco não tem mais faixas!

Decidam-se! Que conversa preferem? Parece-me que a situação é bem mais grave: estamos sobreendividados, não temos poupança, nem dinheiro corrente para consumir. Saltou a agulha!

Foto: La précarité, d'après Robert Motherwell de Gilbert-Garcin

6 comentários:

tiago m disse...

tb me farto de rir com os economistas; se o consumo abrandou, que desgraça, k nao se compram produtos, que as fábricas vão fechar, blah, blah, blah.

se o consumo aumenta, ai as dívidas, etc. é como dizes – o risco está riscado.

miguel p disse...

é mesmo isso.
acho que a economia é uma coisa séria demais, para ser deixada nas mãos dos economistas.

Anónimo disse...

de facto, nunca se está bem: preso por ter cão e por não ter
mas o teu comentário tem pertinência, a situação é mais grave do que o discurso insatisfeito dos economistas

(foto fantástica)

Anónimo disse...

Eu na qualidade de futuro economista, protesto veementemente e energéticamente contra os vossos comentários insultuosos, discriminatórios e xenofobos contra esta tão nobre e influente classe da nossa sociedade!!!

"Por morrer uma andorinha, não acaba a primavera", isto é, os comentários de alguns economistas, não são passivies de serem generalizados, nem se pode tomar o que diz um economista por um todo.

Francamente caros colegas ciclistas...

S Guadalupe disse...

claro que a perspectiva constrói a visão. a realidade não existe, existem realidades!

Mas deixa lá, João... eu partilho a minha vida com um economista. temos trocas de argumentos interessantes que dão luta, mas acabamos sempre nesta coisa do contrutivismo social de que a realidadee blá blá blá, e tudo é relativo... senão não daria para conviver! eh eh Ainda assim, acho que é uma profissão de fugir!

Anónimo disse...

Este discurso de diabolização da economia e dos economistas, nem parece de pessoas responsáveis, como as deste pelotão.

O que de facto mudou desde que Portugal entrou na CEE? Vive-se melhor, dirão todos - há que concordar, é verdade. Mas mudou porquê? Porque estamos mais ricos? O país gera mais riqueza? Não. Porque o português consome como os restantes europeus, e consegue-o porque os preços estão estabilizados - a taxa de inflação é baixa, em especial se a compararmos com o entre o 25 de Abril e a entrada na CEE, e porque, e isto é que é preocupante, "historicamente o preço do dinheiro se encontra baixo". Acrescente-se que Portugal não produz bens primários (agricultura, pescas e industria extractiva) e secundários (industria), logo não consegue fazer face ao propalado desafio do actual governo - há que aumentar as exportações: "somos um país de serviços".

Se a isto juntarmos a política salarial levada a cabo no nosso país, de pequena paróquia, poucachinha, de salários de miséria, "os mais baixos da...", obtemos a extrema depedência com que as famílias, as pessoas, o verdadeiro motor da economia têm perante o crédito.

Não se produz (e ainda por cima fecham fábricas, sim é verdade amigo Tiago!), não se consome: imaginem onde vamos parar.