diletantismo
Ontem ao ler um texto anotei estranheza perante as seguintes palavras e expressões:
- vituperando
- escopo
- prolegómenos
- arreganho
- perfunctório cotejo
- sestro
- ilaquear
- possidentes
Se bem que o nosso poder interpretativo consegue compreender o significado de algumas no contexto, outras há que bloqueiam a fluidez de leitura de tal forma que provoca ora irritação ora riso incontrolável.
8 comentários:
Usar vocabulário de difícil compreensão é uma maneira perfeita de dizer aquilo que não sabemos muito bem, mas de parecer que somos muito inteligentes fazendo sentir os outros estúpidos.
Também há quem diga que é uma questão de estilo. Mas como o escritor Mário Quintana dizia «O estilo é uma dificuldade de expressão.»
eu tive um prof do 1º ano de faculdade que só falava assim nestes termos. Era conhecido por inventar palavras destas, e escrever páginas inteiras com uma só frase. Anos depois percebi q o puseram no 1º ano para assustar os caloiritos - mas como ninguém ia às aulas dele...
hummm... eu ainda acrescento "abicar sinepeicamente" e ainda "metodonomologia".
E pensar que estas palavras são todas pertencentes ao vocabulário português, que como todos sabemos é construido somente através do alfabeto fenício, que é composto apenas por 25 consoantes e 5 vogais.
Agora exprimentem somar 25 com 5, ficamos com 30 e, de seguida, multipliquem por 1000, ficamos com 30 000, que são precisamente o número de caracteres diferentes que compõe o mandarim.
Imaginem as combinações de caracteres/letras que esse astronómico número possibilita de fazer.
É mesmo caso para ficar um pouco pálido, isto é, amarelado, bem como, com os olhos em bico...
O uso de tal vocabulário distrai-me de tal forma que me esqueço do que estou a ler... deve ser essa a intenção.
Tenho uma teoria da conspiração para partilhar convosco:
Não será esta uma fórmula subreptícia (e humorística, de facto...) que os editores de dicionários usam para nos obrigarem a comprá-los?
eh eh eh
olha que sim. Boa teoria.
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