4.9.06

o gerente de caixa e o intendente

arquivado que foi, por falta de provas, um processo a pintodacosta e a augusto duarte (árbitro) relativo ao jogo beira mar-fcp, da penultima jornada do campeonato, em 2004, que derivou de uma certidão retirada do "apito dourado", não resisto a partilhar o despacho de arquivamento e o contexto do caso, com a devida vénia, ao Jornal de Notícias:
"O quadro de facto que se traçou consente perfeitamente que tal [a existência de contrapartidas] tivesse acontecido, enquanto conduta verosímil, mas não permite afirmar a sua ocorrência, em termos que permitam concluir pela possibilidade razoável de aos arguidos, por força dos indícios recolhidos, vir a ser aplicada em julgamento uma pena ou uma medida de segurança", conclui o procurador, no despacho de arquivamento a que o JN teve acesso.
E que indícios eram esses? Principalmente, a deslocação de Augusto Duarte a casa de Pinto da Costa, em Gaia, dois dias antes do jogo, acompanhado de António Araújo. Este encontro - que foi vigiado por inspectores da PJ e acompanhado pelas escutas aos telemóveis de Pinto da Costa e Araújo - foi justificado pelo árbitro e pelo dirigente como "para tomar café". À juíza de instrução de Gondomar, Ana Cláudia Nogueira, Pinto da Costa disse ainda que durante hora e meia falaram sobre "nada". Houve ainda contradições, nas declarações dos arguidos, sobre de quem partiu a iniciativa do encontro, sendo que, das escutas, foi possível perceber a insistência para que Augusto Duarte fosse visitar o líder dos dragões. As suspeitas da investigação avolumaram-se ainda mais pela forma como Araújo se referiu, nas escutas, ao presidente do F. C. Porto.
É que, nos diálogos com Duarte, o empresário de jogadores e ex-sócio de Reinaldo Teles (vice-presidente portista) numa empresa de construção civil tratou Pinto da Costa como o "engenheiro máximo", o "número um" e o "gerente de caixa". Isto num contexto de conversa em que Duarte disse a Araújo terem ambos de "ver aquele negócio". Acresce que, nas conversas do empresário de jogadores com o dirigente, o árbitro era referido como "intendente".Depois do jogo, Pinto da Costa ligou a José Pinto da Sousa, na altura presidente do Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol, que estava a jantar com a equipa de arbitragem. E disse que Augusto Duarte "também não esteve mal, mas não deu cheirinho nenhum, nada! Só nos deixou passar uns livres, o gajo".


eu, nem sei o que diga...

7 comentários:

S Guadalupe disse...

a partir de agora vamos estar de olho em todos os gerentes de caixa e aos seus cheirinhos... que pufa!

Anónimo disse...

foda-se...esses gajos limpam tudo, quando não há mérito há o resto, inacreditável, vergonhoso...mas isso é para quem ainda a tem e esses "senhores" não têm nada, nas sua vida todas as parcelas são zero...

S Guadalupe disse...

apesar da paciência ser nula relativamente aos debates redondos sobre o caso mateus... foi lindo vê-los todos juntos... apenas espreitei, mas hoje ouvi algo na rádio sobre o que madaíl teria dito... "o apito vai mesmo apitar". Que corja! Se apitar desta forma inoperante perante as evidências que não se querem ver, bem pode apitar... ninguém ouvirá!

Sofia Melo disse...

... e novidades?....

miguel p disse...

não foi o madaíl que disse, sonia, foi o luis filipe vieira, que ligou para o programa e falou em directo!

S Guadalupe disse...

ah, ok... que lindos que eles são!

S Guadalupe disse...

e a novela continua para os lados da família do papagaio louro. será que há castigo para o crime de quem fala demais e "faz tudo pelos amigos"?